Technology Management in the Global Economy - BUS620 - 1.5

Metodologia DOMP

Conteúdo organizado por Renato Cividini Matthiesen em 2022 do livro Sistemas de Informações Gerenciais e Operacionais: tecnologias da informação e as organizações do século XXI, publicado em 2019 por Tadeu Cruz, pela editora Atlas.

Metodologia DOMP

Objetivos de Aprendizagem

Introdução

“Para manter uma empresa operando com organização, nada mais eficiente que um Sistema de Informações. Ele vai possibilitar o alinhamento do dia a dia operacional com o plano estratégico da empresa, desde que, é claro, o sistema de Informações esteja alinhado com essa estratégia, ou seja, contanto que ele esteja motivado estrategicamente”. Cruz (2019, p. 162).

Diversas são as estratégias ou abordagens de desenvolvimento de sistemas. Na atualidade, a comunidade de desenvolvimento e gerenciamento de projetos de sistemas voltados para soluções tecnológicas já podem fazer uso de mais de 50 anos de desenvolvimento de sistemas de software, que vem evoluindo rapidamente. Atualmente diversas abordagens são oferecidas e contribuem para um desenvolvimento com uma visão híbrida de projeto, fazendo uso do que se tem de melhor em diversas abordagens.

A metodologia DOMP irá transitar na abordagem de “desenvolvimento de sistemas de informações alinhados com as necessidades estratégicas da organização empresarial, voltados às necessidades essenciais a seu desenvolvimento e inserido em padrões de qualidade aceitos universalmente”, conforme relata Cruz (2019, p. 160).  A metodologia é baseada no conceito de OPERAR, acrônimo para Organizar, Planejar, Executar, Revisar, Agir e Realimentar. OPERAR então busca traduzir os pontos que devem ser contemplados na criação de qualquer sistema de informação para uma organização. Veja a figura 10 com esta representação.

Figura 10 – Conjunto OPERAR

Fonte: Cruz (2019, p. 160)

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Leia o artigo: Robustez na gestão de processos – Metodologia DOMP. O Artigo foi escrito e publicado em 2016 e está disponível na plataforma LinkedIn.

Robustez na Gestão de Processos - Metodologia DOMP

OPERAR é considerado como um subconjunto da Metodologia DOMP que envolve todas as fases pelas quais o uso da Tecnologia da Informação relacionada ao desenvolvimento de Sistemas de Informações baseia-se no princípio da motivação estratégica e devem passar a ser eficazmente aproveitados. Os Sistemas de Informações possuem três princípios fundamentais que dão sustentação a sua modernidade:

Figura 11 – Metodologia DOMP, subconjunto OPERAR

Fonte: Cruz (2019, p. 172)

Vejamos então um pouco mais de informações sobre o subconjunto OPERAR na metodologia DOMP, alinhado com as definições de Cruz (2019).

O – Organizar: significa ordenar o caos, através de uma gestão buscando organizar e fazer com que todos passem a trabalhar com conhecimento de causa, sabendo sobre suas atividades, importância de seu papel na empresa no contexto operacional e o resultado esperado dentro da cadeia de valor. Este contexto está relacionado a estruturação de uma fase de pré-planejamento em fases distintas:

1ª fase: Escolher a equipe: escolha da equipe que vai determinar o andamento e o sucesso do projeto.

2ª fase: Descrever o processo: informar as pessoas sobre o processo atual que elas fazem parte e sua importância para a organização.

3ª fase: Listar as atividades: listagem das atividades que fazem parte do processo que está sendo alvo do projeto de organização.

4ª fase: Descrever as atividades: descrever cada atividade escrevendo o que ela faz, seu início, meio e fim de forma documentada.

5ª fase: Diagramar atividades: utilizar-se do diagrama de atividades como uma representação gráfica de todo o processo de negócio para facilitar a visualização dos inúmeros relacionamentos existentes entre as atividades que o compõem.

6ª fase: Custear as atividades: utilizar os princípios da metodologia ABC para saber o custo de cada atividade do projeto.

7ª fase: Descrever as funções: descrever quais são as funções que fazem parte do processo, por meio das atividades que o compõem.

8ª fase: Levantamento da Tecnologia da Informação: levantamento da tecnologia existente como suporte ao processo.

9ª fase: Levantar e analisar os Fatores Críticos e Sucesso (FCS): levantar informações sobre:

FCS versus metas.

FCS versus obstáculos.

Obstáculos versus implicações.

Obstáculos versus soluções.

10ª fase: Benchmarking: verificar outros departamentos, empresas e seus processos para aprendizado e aproveitamento de melhores práticas.

11ª fase: Desenvolver o novo processo: criar o novo processo em etapas:

Conhecer a Tecnologia da Informação existente.

Criar novas atividades.

Analisar as ligações das novas atividades.

Criar as novas medidas de desempenho.

Calcular os custos do novo processo.

Criar os procedimentos das novas atividades.

Criar o piloto do novo processo.

Implantar o novo processo.

12ª fase: Desenvolver o novo processo: desenvolver efetivamente o novo processo.

P – Planejar: significa planejar um Sistema de Informação Gerencial que requer as preocupações de:

1ª fase: Alinhamento do operacional com o plano estratégico da empresa: conseguir o alinhamento estratégico com o plano estratégico por meio de metodologias próprias para o trabalho.

2ª fase: Alinhamento com a necessidade essencial do sistema: fazer uma análise essencial observando a razão de necessidade de um sistema ser desenvolvido.

3ª fase: Alinhamento com os padrões de qualidade: alinhar os processos novos com o ambiente e sistemas de qualidade implantados na empresa.

E – Executar: relaciona-se a execução do plano feito anteriormente para criar o Sistema de Informações na organização. Cruz (2019) nos lembra que é necessário observar os pontos: financeiro, econômico, operacional, logístico, humano e tecnológico.

R – Revisar: refere-se às atividades em execução em um período de até 12 meses, utilizando-se de uma revisão de acompanhamento ou de uma revisão de reconhecimento.

Acompanhamento: utilizada para manter a possibilidade de realização de uma expectativa dentro de um limite acordado de tempo. Mantém-se um projeto dentro do cronograma gerenciando cada uma das partes componentes: mão de obra, tecnologia, treinamento e recursos financeiros.

Reconhecimento: serve para que possa ser tomado conhecimento da existência de uma entidade a fim de certificar sua conformidade. Devem ser estabelecidas revisões de reconhecimento para os seguintes aspectos: atualidade, segurança, necessidade, custo, facilidade de uso, tecnologia e mão de obra.

A – Agir: neste momento, cada um dos pontos levantados nas revisões de acompanhamento e de reconhecimento deve ser objeto de atenção para buscar soluções que possam resolver os problemas encontrados no projeto.

R – Realimentar: momento em que cada uma das partes do processo de criação de um Sistema de Informações deve ser constantemente realimentada de dados e informações para poder corrigir ou aumentar as funcionalidades desejadas do Sistema de Informação em projeto. Veja a figura 10 com a Metodologia DOMP e o subconjunto OPERAR diagramados.

Figura 12 – Metodologia DOMP, subconjunto OPERAR

Fonte: Cruz (2019, p. 172)

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O subconjunto para planejamento estratégico da Metodologia DOMP™ é composto de etapas.

1ª etapa – Estabelecer as diretrizes organizacionais.

2ª etapa – Criar objetivos.

3ª etapa – Analisar informações sobre a situação atual da organização.

4ª etapa – Planejar as metas e os meios para alcançá-las.

5ª etapa – Estabelecer e preparar uma lista com todos os itens de controle.

6ª etapa – Desmembrar o plano de metas por departamentos e atividades.

7ª etapa – Implantar o plano.

8ª etapa – Checar os resultados da implantação do plano.

9ª etapa – Preparar relatórios de progresso do plano.

Princípios da modelagem essencial

De forma complementar, a Metodologia DOMP busca definir princípios da modelagem essencial, considerando que um analista de sistemas desenvolve seu trabalho com base no modelo de análise essencial de sistemas fundamentado em quatro princípios descritos por Cruz (2019) apresentados a seguir.

1º princípio: Princípio do orçamento para complexidade: um modelo essencial deve levar em consideração que o ser humano tem capacidade limitada de absorver informações. Na prática, o analista deve saber elaborar modelos essenciais com dose exata de complexidade e compreender os seguintes pontos: 

Saber especificar o número exato de componentes do modelo.

Saber especificar cada modelo de forma a não o tornar mais complexo do que o necessário.

Saber dosar a profundidade de nivelamento de cada componente do modelo.

Saber especificar a complexidade das interfaces entre os componentes do modelo.

Saber criar sem complexidade o nome de cada peça do modelo.

Saber desenhar corretamente o modelo

2º princípio: Princípio da neutralidade tecnológica: construção de um modelo essencial deve ser completamente desvinculada de outras influências tecnológicas.

3º princípio: Princípio da tecnologia interna perfeita: a crença de existência de perfeição tecnológica deve ser evitada.

4º princípio: Princípio do modelo essencial mínimo: prezar pela simplicidade para impedir que um analista produza excesso de especificações das características essenciais de um modelo.

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Leia o artigo: Gestão por processos: comparação e análise entre metodologias para implantação da gestão orientada a processos e seus principais conceitos.

GESTÃO POR PROCESSOS: COMPARAÇÃO E ANÁLISE ENTRE METODOLOGIAS PARA IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO ORIENTADA A PROCESSOS E SEUS PRINCIPAIS CONCEITOS

Assim, finalizamos nosso estudo nesta unidade com a reflexão de Andrade (2020, p. 5): “Quando o assunto é programação, estamos falando basicamente de duas coisas: automatizar e escalar. Ou seja, tornar a vida mais fácil”. 

Em resumo

Nesta unidade, aprendemos que diversas são as estratégias ou abordagens de desenvolvimento de sistemas. Na atualidade, a comunidade de desenvolvimento e gerenciamento de projetos de sistemas voltados para soluções tecnológicas já podem fazer uso de mais de 50 anos de desenvolvimento de sistemas de software, que vem evoluindo rapidamente. Atualmente diversas abordagens são oferecidas e contribuem para um desenvolvimento com uma visão híbrida de projeto, fazendo uso do que se tem de melhor em diversas abordagens. A metodologia DOMP irá transitar na abordagem de “desenvolvimento de sistemas de informações alinhados com as necessidades estratégicas da organização empresarial, voltados às necessidades essenciais a seu desenvolvimento e inserido em padrões de qualidade aceitos universalmente”. OPERAR é considerado como um subconjunto da Metodologia DOMP que envolve todas as fases pelas quais o uso da Tecnologia da Informação relacionada ao desenvolvimento de Sistemas de Informações baseia-se no princípio da motivação estratégica e devem passar a ser eficazmente aproveitados. O subconjunto é explicado por: Organizar, Planejar, Executar, Revisar, Agir e Realimentar.

na ponta da língua

Referências
Bibliográficas

Andrade, Leo. (2020). A revolução Low-code. Recuperado de: https://bit.ly/8jf7h. Acesso em 15 nov. 2022.

Brocke, Jan vom; ROSEMANN, Michael. (2013). Manual de BPM: Gestão de processos de negócio. Porto Alegre: Bookman.

Cruz, Tadeu. (2019). Sistemas de Informações Gerenciais & Operacionais: tecnologias da informação e as organizações do século XXI. 5. ed. São Paulo: Atlas.

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Metodologia DOMP

Imagens: Shutterstock

Livro de Referência:

Sistemas de Informações Gerenciais e Operacionais - Tecnologias da Informação e as Organizações do Século 21

Tadeu Cruz

Atlas, 2019

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